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terça-feira, 7 de junho de 2022

Entenda como usar o FGTS para investir em ações da Eletrobras

 


Entenda como usar o FGTS para investir em ações da Eletrobras

A partir dessa sexta-feira, com os fundos mútuos de privatização, é possível usar até 50% do saldo do FGTS para os investimentos


Investimento (Imagem: Pixabay)

Os trabalhadores que querem entrar no mercado financeiro e participar do processo de privatização da Eletrobras podem investir em ações da estatal até o dia 8 de julho.  


"É um processo de desestatização da Eletrobras, então, o governo coloca algumas das ações dele à venda e permite que o trabalhador brasileiro tenha acesso a essa empresa, que é uma estatal. Assim, são criados os fundos mútuos de privatização (FMPs), que recebem esses recursos e compram essas ações para que o trabalhador brasileiro tenha acesso a compre, se achar que vale a pena", explica o analista de investimentos Rodrigo Oliveira da DV Invest, casa de análise de investimentos.  


Ainda segundo o analista de investimentos, qualquer trabalhador brasileiro que tenha saldo na conta do FGTS pode fazer esse investimento. É possível aportar de R$ 200, valor mínimo, até o máximo de 50% do saldo do FGTS. 


Para fazer a compra, durante o período de reserva, o trabalhador autoriza algum dos bancos a fazer o investimento. "É preciso acessar o aplicativo do FGTS, da Caixa Econômica Federal, e fazer o pedido por lá. No aplicativo mesmo, o trabalhador pode optar por um dos bancos e autoriza o investimento."  


A Caixa Econômica disponibilizou um passo a passo ilustrativo para fazer a operação (clique aqui).  


São vários bancos disponíveis, com vários fundos mútuos de privatização e a diferença entre eles é a taxa de administração. Então, é importante para o trabalhador procurar os fundos que têm a menor taxa de administração. As taxas variam entre zero e 1% ao ano.  


Rodrigo explica que, mesmo quem ainda não investe e não tenha conta nesses bancos ou corretoras de investimentos, pode começar a comprar as ações da Eletrobras. 



Segundo a Caixa, somente após 12 meses da data da aplicação o trabalhador poderá retirar o dinheiro da aplicação com consequente retorno do investimento à conta do FGTS. Assim, em caso de demissão sem justa causa, aposentadoria ou compra de imóvel, o trabalhador poderá sacar esse valor após um ano.  


Vale a pena?  


Segundo Rodrigo, o FGTS rende 3% ao ano mais a TR, que varia de zero a 0,1%, então, é muito improvável que o trabalhador não consiga uma valorização no médio e longo prazo com taxas mais altas com a compra das ações. "Então, nesse caso, em comparação com o FGTS, vale a pena, sim, fazer o investimento", diz. 


A expectativa da Eletrobras é movimentar aproximadamente R$ 30 bilhões nessa operação de desestatização.


Fonte.

Ismael Colosi: conheça a verdade