Brasileiros confiam mais em vagas em redes sociais, e se arriscam a virarem vítimas de golpes de emprego
Segundo especialista, é importante consultar referências sobre a vaga nos canais oficiais da própria empresa, para garantir que a oportunidade existe e que as informações estão corretas.
Os candidatos brasileiros são os que mais confiam em anúncios e oportunidades de emprego publicadas em redes sociais, segundo um levantamento da consultoria Page Outsorcing, feito com 7.808 profissionais de vários países da América Latina.
O comportamento, no entanto, pode deixar o candidato vulnerável a se tornar uma vítima das frequentes tentativas de golpes de falsos empregos, alerta o diretor da consultoria, Ricardo Ribas.
“O forte uso de redes sociais e da preferência por candidaturas simplificadas deve ser um sinal de alerta para os frequentes golpes de emprego, disseminados principalmente por aplicativos e mensagens de texto”, aponta.
Profissionais que mais acreditam em vagas nas redes:
Brasileiros: 26,1%
Argentinos: 25,3%
Chilenos: 20,7%
Colombianos: 18,8%
Peruanos: 18,8%
Segundo Ribas, é importante consultar referências sobre a vaga nos canais oficiais da própria empresa, para garantir que a oportunidade existe e que as informações estão corretas.
Onde os brasileiros procuram emprego?
Os três canais em que os brasileiros mais confiam para a busca de emprego:
redes sociais (26,1%),
sites de recrutamento e seleção (26%), e
networking (20,6%).
A enquete também mostrou que os itens mais importantes num anúncio de emprego para os brasileiros são o local de trabalho (51,5%) e o nome do cargo (48,7%). Comparados a outros países, os candidatos do Brasil são os que mais valorizam a facilidade na candidatura (19,2%), com opções de tocar ou clicar em um botão e já iniciar o processo.
Tenho chances?
Quando uma a empresa já é conhecida, os candidatos brasileiros vão tentar identificar se têm mais chances para a vaga pretendida por meio:
das redes sociais da companhia (86,2%),
em sites com relatos de funcionários (64,3%), e
contatos que trabalham ou já passaram pela empresa (50,1%).
Para Ribas, esse sinal indica a alta confiança que os brasileiros têm na opinião de amigos, colegas ou mesmo de pessoas que não conhece, mas que relatam experiências na empresa desejada.
“Podemos dizer que o candidato brasileiro faz uma leitura rápida de uma oportunidade no celular, compartilha o post com colegas, verifica as impressões de outros profissionais sobre o trabalho na empresa e decide rapidamente se vai fazer a candidatura ou não”, explica o especialista.
Por que desistem?
Já os três principais motivos de desistência dos candidatos brasileiros na hora da candidatura são:
informações insuficientes sobre as tarefas e responsabilidades exigidas (50,5%),
má reputação da empresa (48,8%), e
salário e/ou benefícios incompatíveis com a expectativa do candidato para aquela vaga (40,9%).