segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Faltam 50 mil trabalhadores no setor do turismo em Portugal, estima organismo internacional.


Faltam 50 mil trabalhadores no setor do turismo em Portugal, estima organismo internacional


Um trabalho do World Travel & Tourism Council, que analisou a escassez de mão de obra em Portugal e outros países, conclui que faltam 49 mil trabalhadores no setor

O mais recente trabalho do World Travel & Tourism Council (WTTC) conclui que há défice de mão de obra no setor do turismo em Portugal. Mais precisamente, estão cerca de 50 mil empregos por preencher.

O trabalho - que analisou a escassez de mão de obra em Portugal, Estados Unidos, França, Espanha, Reino Unido e Itália - mostra que no terceiro trimestre faltam 49 mil trabalhadores em Portugal. A análise nota que em França faltam 70 mil trabalhadores, no Reino Unido 130 mil, em Itália 250 mil e nos Estados Unidos mais 412 mil.

Adicionalmente, a análise prevê que uma em cada 10 vagas permaneça por preencher em 2022.

Antes da pandemia, em 2019, mais de 485.000 pessoas estavam empregadas no setor em Portugal, mas em 2020 o setor perdeu 80 mil pessoas. Portugal, um país que depende muito do turismo para o crescimento da economia, tem lutado contra a escassez de pessoal, e os avisos do setor têm sido muitos.

Dentro do setor, a hotelaria é a mais afetada, uma vez que este segmento tem cerca de 13% das vagas por preencher. Já segmento de alimentação e bebidas tem 12% das vagas por preencher.

Julia Simpson, presidente do WTTC, elogiou a estratégia do Governo e disse que o futuro do setor em Portugal "parece brilhante". "Para garantir uma plena recuperação da economia e do setor, precisamos de preencher estas vagas para garantir que Portugal possa dar resposta à tão esperada procura de viajantes", acrescentou.

Mas não é fácil manter trabalhadores num setor como o turismo. Um relatório da WTTC, divulgado na semana passada, "revelou que até 1,2 milhões de empregados do setor em toda a União Europeia permanecerão insatisfeitos, sendo a hospitalidade, a aviação e as agências de viagens as mais afetadas".

Para tal a WTTC recomendou políticas de vistos mais favoráveis para procurar mão de obra estrangeira, permitir trabalho remoto sempre que possível, assegurar salários decentes, promover planos de carreira com verdadeiras oportunidades de crescimento, dar formação aos trabalhadores e adotar soluções tecnológicas inovadoras para aliviar a pressão sobre os trabalhadores.

FONTE: expresso.pt/economia

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