No entanto, o mercado iniciou uma nova jornada, ainda recente, no que diz respeito às finanças pessoais, impulsionadas principalmente pela força da tecnologia nos serviços financeiros. A tendência de organizar as finanças por categorias vem tomando corpo nas contas correntes digitais no Brasil.
Esse recurso permite que as pessoas consigam categorizar seu dinheiro de acordo com o objetivo que desejam atingir, seja para administrar as despesas mensais, fazer uma reserva de emergência, planejar as férias, poupar dinheiro para comprar um carro, organizar o casamento, entre tantas outras metas.
Empresas como Nubank e o N26, por exemplo, lançaram recentemente essa ferramenta para seus clientes. No primeiro caso, são chamadas de “caixinhas” e, no segundo, de “spaces”. Ambas têm a mesma funcionalidade: ajudar o cliente a organizar suas finanças de acordo com suas metas de vida. Na prática, todos nós já fazemos isso fora do ambiente digital ao dividir nosso salário com as diversas contas do dia a dia.
No caso dos bancos digitais, além de fomentar a educação financeira, a estratégia é atrair mais investidores adotando alternativas como a gamificação e a personalização. De forma simples e intuitiva, o novo investidor consegue movimentar esses investimentos e ainda acompanhar o crescimento do dinheiro investido – cada caixinha chega a render 100% do CDI.
Outro exemplo são os grupos da Noh, carteira compartilhada para divisão de gastos, que segue essa tendência, conectando as pessoas em grupos que levam o nome de “Nohs”, antes mesmo de ocorrer a divisão dos pagamentos.
Os “Nohs” são grupos que permitem até 10 pessoas onde o consumidor tem maior clareza em relação aos seus gastos e consegue dividir tudo automaticamente e ao mesmo tempo com os demais integrantes do grupo. Outro fato é que essa carteira digital também entrega rendimentos maiores do que o da poupança atualmente.
Para quem ainda não tem o costume de guardar dinheiro, essa forma de categorizar os gastos pode ajudar a começar essa jornada, seja para ter maior controle do planejamento familiar e até mesmo adquirir o hábito de investir sem medo e, futuramente, dar passos mais largos neste sentido.
A jornada de consolidação da educação financeira ainda é longa no Brasil, e só está começando. Mas iniciativas como essas contribuem para que possamos olhar com mais atenção aos nossos gastos, sejam eles compartilhados ou não, e para começar a investir, sem nos perder nos milhares de boletos e despesas.
O planejamento financeiro é fundamental para conquistarmos nossas metas a curto, médio e longo prazo e a tecnologia pode dar aquele empurrãozinho.
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